Entre 1952 e 1960 Fernando Luís Simões compra mais alguns camiões, que se vão substituindo, e diversifica os serviços de transporte de produtos hortícolas para transporte de materiais de construção. Entre os principais clientes destaca-se a Novobra, empresa de construção civil que viria a ter uma influência decisiva na dinâmica comercial da Luís Simões.
Nestes anos assiste-se ao boom da política de Obras Públicas do Estado Novo e ao início da indústria de alimentos compostos para animais.
Fernando Luís Simões especializa-se no transporte de cereais a granel e nos transportes de materiais para a construção civil, sempre a par da atividade hortícola e de comércio (mercearia).
Por imposição legal, a ‘Transportes Luís Simões, Lda.’ é constituída em 1968 a fim de dar forma ao negócio que existia.
Em 1973 a gerência da sociedade é cedida pelo casal fundador aos seus filhos Leonel, José Luís e Jorge. É nesta altura que definem o seu conceito de estar no mercado: a uma procura variável e aleatória deve corresponder uma frota de veículos flexível e adaptada ao mercado.
O importante não é possuir camiões, mas servir clientes. Consequentemente, opta pela subcontratação de cerca 50% da frota, estratégia que se mantém até aos dias de hoje.
Após a Revolução de Abril dá-se a falência do principal cliente, que correspondia a 80% do total da faturação da empresa. E é daqui que os sócios retiram a primeira grande lição: não depender de apenas 1 cliente.
Nesta década é levada a cabo a primeira experiência na distribuição domiciliária com cobertura total do território português com a Tupperware.
A sociedade adquire equipamento para transporte de carga indivisível e começa a fazer transportes especiais, e em 1979 dão-se os primeiros passos no sentido da informatização da empresa.
Em 1981 a ’Transportes Luís Simões’ abre a sua primeira filial, no Porto. Em 1982 ministra aos motoristas a primeira ação de formação, onde é passado um filme sobre Prevenção.
Em 1983 Portugal é assolado por uma profunda crise económica que afeta consideravelmente o setor da construção civil, que representava, à época, cerca de 50% dos negócios. Desta crise, os irmãos Simões tiraram a segunda grande lição da sua história: nenhum setor de atividade deve representar mais do que 20% do volume de vendas.
Mas é a internacionalização para Espanha que marca a década de 80. Em 1985 é criado o Departamento de Tráfego Internacional, gerido a partir da sede, em Loures, aposta estratégica que marca definitivamente o futuro da Luís Simões.
Definem-se pela primeira vez linhas estratégicas para a missão da TLS: a segmentação dos negócios por áreas de atividade e a liderança de mercado nos transportes rodoviários de mercadorias em Portugal, o que veio a verificar-se em 1993.
A Luís Simões cria uma empresa de direito espanhol, com sede em Madrid, e consolida-se a presença nesse mercado com a abertura de delegações na Andaluzia, Catalunha e Galiza.
Antecipando as consequências logísticas do mercado europeu, inicia-se em Portugal a atividade logística.
Segmentam-se e diversificam-se os negócios para áreas tão distintas como sejam a gestão de frotas, a construção de carroçarias e a gestão imobiliária.
A década de 90 assiste à certificação da qualidade dos principais negócios pela norma ISO 9002:1995, à instalação de sistemas integrados de gestão de armazéns, transportes e distribuição e, coincidindo com o 50º aniversário da Luís Simões, à renovação da imagem institucional e à inauguração do Centro de Operações Logísticas do Carregado, uma unidade de referência na Península Ibérica, à época.
Alarga-se a atividade logística a Espanha.
Institui-se a Rede LS, um modelo de franchising de produção, a fim de profissionalizar o setor e garantir uma subcontratação com o nível de serviço garantido pela frota própria da Luís Simões, e ocorre mais um salto tecnológico na gestão de operações com a introdução da Informática Embarcada e o Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS) nos veículos, e instala-se a Rádio-frequência e a leitura ótica por código de barras nos armazéns.
O Portal LSnet constitui-se como ferramenta tecnológica avançada em ambiente web na gestão do relacionamento da Luís Simões com os seus parceiros de negócio (clientes e fornecedores).
Em 2008 a LS subscreveu a Carta Europeia de Segurança Rodoviária, uma iniciativa da Comissão Europeia que previa reduzir o número de vítimas mortais nas estradas para metade, até 2010.
Para celebrar 60 anos de atividade, é inaugurado o Centro de Operações Logísticas do Futuro, no Carregado, um armazém automático que vem melhorar a oferta de soluções logísticas e reforçar a marca de inovação e pioneirismo da Luís Simões e procede-se à atualização da identidade corporativa. Também no ano da comemoração do 60º aniversário, João da Mata Isidoro, motorista da Luís Simões há mais de 30 anos, recebe o Diploma de Honra da IRU. Nos anos seguintes a IRU distingue mais dez motoristas Luís Simões com o seu Diploma de Honra.
Em 2010 ocorre a implementação do E@sy7, uma plataforma costumizada de faturação eletrónica que permite aos transportadores subcontratados transportar, entregar a mercadoria e receber o respetivo pagamento em 7 dias.
No final de 2010 a Luís Simões procedeu a duas fusões no seu seio, em empresas que vinham a sobrepor e complementar as suas atividades prestadas. No core business – logística e transporte, as empresas ’Transportes Luís Simões’, ‘Distribuição Luís Simões’ e ’Transportes Reunidos’ deram lugar à Luís Simões Logística Integrada, S.A. Nas atividades complementares, as empresas ’Socar’ e ’Reta’ assumem a designação de Reta – Serviços Técnicos &Rent-a-Cargo, S.A.
Inicia-se a prestação de o novo serviço de gestão de entrepostos fiscais, e os serviços de logística promocional ganham novo impulso.
Em 2011 a aplicação LS Mobile oferece informação em tempo real através do telemóvel para a gestão dos pedidos e detalhes das entregas.